terça-feira, julho 11, 2006

Palavras

Há palavras que nunca serão textos.
Há textos que nunca terão palavras.

9 comentários:

António Gomes disse...

E o silêncio de facto é ruído minimal.

mac disse...

atrevida e talentosa.
Cabotine e o Ciel de Paris e o petit palais.

greentea disse...

"Há imagens nos recantos de livros que vivem mais nitidamente que muito homem e muita mulher…"
Livro do Desassossego

Vasco Pontes disse...

...textos sem palavras.
Não textos ?
Textos que esperam ? Que não podem esperar ?
Beijos, maria

Vasco Pontes disse...

PS: Alenquer e eu, um futuro como muito em comum :)

Maria Carvalhosa disse...

Qual a tua ligação com Alenquer, Vasco?

Maria Carvalhosa disse...

Olá outra vez, Vasco,

sabes que já não é de agora a minha obsessão pela temática dos textos e não-textos, dos romances escritos e daqueles, tão especiais, os não-escritos. Enfim... loucuras inofensivas a que cada um tem direito!

Beijo.

Isabel José António disse...

"Há palavras que nunca terão textos
Há textos que nunca terão palavras"
Há palavras que são apenas pretextos
Do silêncio com que a terra lavras

Há quem fale por falar! Nada se diz!
Há silêncios fecundos e valiosos
Há silêncios no quadro negro do giz!
Há palavras que alimentam os vaidosos

Mas há palavras ditas na hora certa
Que nos afagam o coração despedaçado
Outras que nos levam a parte incerta
Outras não nos levam a nenhum lado

Mas há palavras que fecundam o solo
Como água da chuva fresca ,cristalina!
São o fermento para crescer o bolo
Como dum quadro composto de anilina

E há a palavra que te digo eu
Amiga, fraterna sempre à mão
Feita de silêncio e carinho meu
Ou da brisa suave do meu coração.

Parabéns pelo post

Um abraço

José António

Maria Carvalhosa disse...

Obrigada, duplamente, José António, por teres gostado do post e por, a partir do seu conteúdo, teres dado largas à tua vocação de poeta, presenteando-me, uma vez mais, com um inspirado texto.

Um beijo.