...no jardim para o qual dava a janela do meu quarto de criança havia uma trepadeira que, em cada primavera, me deliciava com os seus perfumados cachos de rosas - sem espinhos.
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Escadas
Escadas de um passado remoto, degraus que já não consegues subir...
Escadas que são caminhos na montanha, degraus que têm sabor de aventura...
Escadas que te levam a uma casa, degraus que respiram tranquilidade...
Escadas que tens dentro de casa, escadas que sobes e desces, sem consciência delas, como se não fossem feitas de degraus...
Escadas que podem levar-te mar dentro, degraus estranhamente horizontais que, por vezes, ousas experimentar...
Escadas antigas, degraus que sobes a correr, na incessante procura da memória de outros...
Escadas que vão sempre dar a outras escadas, incontáveis degraus que sobes com ansiedade, para chegar cada vez mais alto...
Escadas que, finda a loucura da subida, acabam no nada..., os degraus que, acreditas, te levam ao céu.
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5 comentários:
A mim, apetece-me subi-las a todas. Adorei!
Obrigada, João.
Um beijo.
faço minhas as palavras do joão
Querida Maria,
Todos os dias temos visitado o seu blog, e hoje fomos recompensados pela nossa assiduidade com este extraordinário "post" sobre escadas!!!
Eu diria que é quase iniciática a forma como sobre elas escreve!
E as fotos, lindíssimas!
Muitos parabéns e continue sempre a usar dessa forma maravilhosa a sua criatividade e sensibilidade artística!
Um abraço,
Isabel
Obrigada, Luís Naves e Isabel.
Abraços.
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