...no jardim para o qual dava a janela do meu quarto de criança havia uma trepadeira que, em cada primavera, me deliciava com os seus perfumados cachos de rosas - sem espinhos.
terça-feira, julho 11, 2006
Palavras
Há palavras que nunca serão textos.
Há textos que nunca terão palavras.
sabes que já não é de agora a minha obsessão pela temática dos textos e não-textos, dos romances escritos e daqueles, tão especiais, os não-escritos. Enfim... loucuras inofensivas a que cada um tem direito!
Obrigada, duplamente, José António, por teres gostado do post e por, a partir do seu conteúdo, teres dado largas à tua vocação de poeta, presenteando-me, uma vez mais, com um inspirado texto.
9 comentários:
E o silêncio de facto é ruído minimal.
atrevida e talentosa.
Cabotine e o Ciel de Paris e o petit palais.
"Há imagens nos recantos de livros que vivem mais nitidamente que muito homem e muita mulher…"
Livro do Desassossego
...textos sem palavras.
Não textos ?
Textos que esperam ? Que não podem esperar ?
Beijos, maria
PS: Alenquer e eu, um futuro como muito em comum :)
Qual a tua ligação com Alenquer, Vasco?
Olá outra vez, Vasco,
sabes que já não é de agora a minha obsessão pela temática dos textos e não-textos, dos romances escritos e daqueles, tão especiais, os não-escritos. Enfim... loucuras inofensivas a que cada um tem direito!
Beijo.
"Há palavras que nunca terão textos
Há textos que nunca terão palavras"
Há palavras que são apenas pretextos
Do silêncio com que a terra lavras
Há quem fale por falar! Nada se diz!
Há silêncios fecundos e valiosos
Há silêncios no quadro negro do giz!
Há palavras que alimentam os vaidosos
Mas há palavras ditas na hora certa
Que nos afagam o coração despedaçado
Outras que nos levam a parte incerta
Outras não nos levam a nenhum lado
Mas há palavras que fecundam o solo
Como água da chuva fresca ,cristalina!
São o fermento para crescer o bolo
Como dum quadro composto de anilina
E há a palavra que te digo eu
Amiga, fraterna sempre à mão
Feita de silêncio e carinho meu
Ou da brisa suave do meu coração.
Parabéns pelo post
Um abraço
José António
Obrigada, duplamente, José António, por teres gostado do post e por, a partir do seu conteúdo, teres dado largas à tua vocação de poeta, presenteando-me, uma vez mais, com um inspirado texto.
Um beijo.
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