...no jardim para o qual dava a janela do meu quarto de criança havia uma trepadeira que, em cada primavera, me deliciava com os seus perfumados cachos de rosas - sem espinhos.
Mas dar e receber nem sempre é uma relação tão linear (visto de uma prespectiva superficial) há que mergulhar fundo e ler nas entrelinhas...principalmente se a pessoa de quem se esperam esses afectos tem dificuldades em demonstrá-los. Não significa que não estejam lá, porque estão...constantes...
Entendo-te, querida. Recebi a mensagem, com muito amor, e adorei o facto de teres tido a coragem de, afinal, demonstrar o que escondes (ou eu não so capaz de ler) nas entrelinhas.
Estou de, absolutamente surpreendida e enternecida com o comentário que deixaste no Luz Fugaz. Deixo-te aqui, a resposta que deixei lá, optei por fazê-lo, porque queria mesmo que a lesses.
É manhã de sexta-feira e o trabalho está à espreita, por isso não vai haver errata, apesar da notória evidência e necessidade da sua existência:))
aqui vai:
"Maria, que surpresa tamanha, o comentário que deixaste. Desde junho de 2005, o Luz Fugaz deve ser o 5º ou 6º blogue que tenho... todos os outros acabaram, sempre pela mesma razão, a mesmíssima que quase me levou a acabar com este: a leveza de alguns comentários que me deixam fora de mim. Independentemente da qualidade do que escrevo, quando o faço, é com entrega total à poesia, à literatura, embora fique muito aquém do que isso é. Mas caramba, é preciso respeito absoluto. Não por mim, mas pelo que escrevo, que, ao ser concebido, é-o em nome de uma coisa muito maior que tudo. Mas depois também penso no meu papel no meio de tudo isto, terei eu o direito de exigir o quer que seja, em nome de uma coisa que eu queria que fosse e só o é pela metade? Enfim, mantenho-me por aqui, pelo menos enquanto houver pessoas que tenham a coragem de apontar o dedo. Tenho pena de ter perdido alguns textos e todos os comentários, os últimos eram exactamente aquilo que pretendiam: tinha um vasco pontes a encostar-me à parede; um luís que discordava liminarmente de uns versos, isso sim é proveitoso, porque só assim poderei amadurecer na escrita.
Muito, muito obrigada, Maria. Um abraço enorme e até muito em breve."
Estás "zonzo" ao ponto de não te lembrares que ontem, por um estranho acaso, falámos através do mail do meu trabalho? E que esclarecemos alguns mal-entendidos?
Um beijo com afecto e votos de um bom fim-de-semana para ti.
Andaste fugida, Maria. E agora regressas com esta "provocação". Já me disseram que se vive, sim. Eu quero é descobrir "quanto". Saúdo o teu reaparecimento e deixo um beijinho afectuoso.
Amiga, Eu concordo a 100% com este Paragrafo Único. Devia ser um direito, mas nem sempre é assim e quando não existem afectos para nos preencher, tudo perde o sabor. Um beijo enorme com afecto.
Faz tempo que não te visitava. Tenho andado arredio (será?) ou apenas arredado.
Hoje vejo os últimos, de uma assentada:
- a tua querida Berlenga, e os Farilhões, e as Estelas, a partir de uma visita a um velho bacalhoeiro, ligam-se, de forma natural, a este teu parágrafo único, com a linda imagem de um par de borboletas: "ninguém vive sem afectos".
Um beijo grande, Maria Carvalhosa, com todo o meu afecto.
Eu nunca ando fugida... tenho períodos em que me mantenho um pouco mais silenciosa, não edito posts e quase não comento os dos blogues dos amigos que visito. Mas continuo sempre por cá. Pode ser uma questão de falta de tempo para escrever, nalguns momentos, ou de vontade de ficar quietinha, noutros, apenas observando, fruindo o que os outros publicam e em meditação sobre mim e o mundo. O teu espaço, amiga, é um dos que não deixo de visitar e ao qual me sinto ligada de uma forma natural, intuitiva, quase instintiva. Ler-te é, sempre, um alimento para o espírito.
Confesso que já tinha sentido a tua ausência... mas não me queixo. Quando apareces, dás-me sempre um banho de "elevação do ego"... até fico a flutuar (risos).
17 comentários:
e às vezes, quem dera poder fazê-lo...
Sim, a mais pura das verdades.
Mas dar e receber nem sempre é uma relação tão linear (visto de uma prespectiva superficial) há que mergulhar fundo e ler nas entrelinhas...principalmente se a pessoa de quem se esperam esses afectos tem dificuldades em demonstrá-los.
Não significa que não estejam lá, porque estão...constantes...
Sim?
Beijinhos com saudades :)
Ana Prado,
Somos cúmplices neste tema dos afectos...
(Sari)coquinhas,
Entendo-te, querida. Recebi a mensagem, com muito amor, e adorei o facto de teres tido a
coragem de, afinal, demonstrar o que escondes (ou eu não so capaz de ler) nas entrelinhas.
Beijos (muitos).
Coquinhas,
Só duas correcções (esta embirrante mania do perfeccionismo):
onde lês: "recebi a tua mensagem", deverás ler "percebi", já que a primeira é uma constatação;
onde lês "não so capaz", deverás ler "não sou capaz".
Ambas são demasiado óbvias mas, quem sabe, esta errata não cumpre apenas o propósito de reforçar o que ambas escrevemos.
Beijos (e risos, de felicidade).
Estou de, absolutamente surpreendida e enternecida com o comentário que deixaste no Luz Fugaz.
Deixo-te aqui, a resposta que deixei lá, optei por fazê-lo, porque queria mesmo que a lesses.
É manhã de sexta-feira e o trabalho está à espreita, por isso não vai haver errata, apesar da notória evidência e necessidade da sua existência:))
aqui vai:
"Maria, que surpresa tamanha, o comentário que deixaste. Desde junho de 2005, o Luz Fugaz deve ser o 5º ou 6º blogue que tenho... todos os outros acabaram, sempre pela mesma razão, a mesmíssima que quase me levou a acabar com este: a leveza de alguns comentários que me deixam fora de mim. Independentemente da qualidade do que escrevo, quando o faço, é com entrega total à poesia, à literatura, embora fique muito aquém do que isso é. Mas caramba, é preciso respeito absoluto. Não por mim, mas pelo que escrevo, que, ao ser concebido, é-o em nome de uma coisa muito maior que tudo.
Mas depois também penso no meu papel no meio de tudo isto, terei eu o direito de exigir o quer que seja, em nome de uma coisa que eu queria que fosse e só o é pela metade?
Enfim, mantenho-me por aqui, pelo menos enquanto houver pessoas que tenham a coragem de apontar o dedo.
Tenho pena de ter perdido alguns textos e todos os comentários, os últimos eram exactamente aquilo que pretendiam: tinha um vasco pontes a encostar-me à parede; um luís que discordava liminarmente de uns versos, isso sim é proveitoso, porque só assim poderei amadurecer na escrita.
Muito, muito obrigada, Maria.
Um abraço enorme e até muito em breve."
Lá viver, vive-se. O drama é mesmo do «como» se vive sem os afectos :))
beijos
Caro António,
Sinceramente eu é que não entendo este teu comentário. Enganaste-te. certamente, no destinatário.
Um abraço.
Maria, tens toda a razão.
Este cmentário era para outra Maria.
Lamento a troca. Deixa-me só dizer-te que a minha admiração se mantém.
É o que dá ter visitado toda a minha lista do "Anel do Coração" e do blogue "Que é o amor?". Terminei zonzo. E a letra "T" está mesmo longe...
Um abraço
António,
Estás "zonzo" ao ponto de não te lembrares que ontem, por um estranho acaso, falámos através do mail do meu trabalho? E que esclarecemos alguns mal-entendidos?
Um beijo com afecto e votos de um bom fim-de-semana para ti.
Andaste fugida, Maria. E agora regressas com esta "provocação". Já me disseram que se vive, sim. Eu quero é descobrir "quanto".
Saúdo o teu reaparecimento e deixo um beijinho afectuoso.
Vive-se sim. Mas devagar. E com pouco entusiasmo.
Amiga,
Eu concordo a 100% com este Paragrafo Único. Devia ser um direito, mas nem sempre é assim e quando não existem afectos para nos preencher, tudo perde o sabor.
Um beijo enorme com afecto.
Faz tempo que não te visitava.
Tenho andado arredio (será?) ou apenas arredado.
Hoje vejo os últimos, de uma assentada:
- a tua querida Berlenga, e os Farilhões, e as Estelas, a partir de uma visita a um velho bacalhoeiro, ligam-se, de forma natural, a este teu parágrafo único, com a linda imagem de um par de borboletas: "ninguém vive sem afectos".
Um beijo grande, Maria Carvalhosa, com todo o meu afecto.
Querida Lícínia,
Eu nunca ando fugida... tenho períodos em que me mantenho um pouco mais silenciosa, não edito posts e quase não comento os dos blogues dos amigos que visito. Mas continuo sempre por cá. Pode ser uma questão de falta de tempo para escrever, nalguns momentos, ou de vontade de ficar quietinha, noutros, apenas observando, fruindo o que os outros publicam e em meditação sobre mim e o mundo.
O teu espaço, amiga, é um dos que não deixo de visitar e ao qual me sinto ligada de uma forma natural, intuitiva, quase instintiva. Ler-te é, sempre, um alimento para o espírito.
Um beijo com muita admiração e afecto.
Myself, amiga,
Obrigada pelas tuas visitas e pelos teus comentários sempre tão autênticos.
Afecto com afecto se paga. Um beijo.
Olá Francisco,
Confesso que já tinha sentido a tua ausência... mas não me queixo. Quando apareces, dás-me sempre um banho de "elevação do ego"... até fico a flutuar (risos).
Beijos de saudades.
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