Caíu a noite.
Senti-me só.
Acendi a lareira.
Fenómeno curioso,
como que por encanto
as labaredas bailavam, bailavam
e a minha angústia e esta dor no peito
foram juntar-se a elas.
Tempo depois...
Aparecem as cinzas.
O calor e a luz esvaem-se
e eu, fico triste outra vez.
A fogueira,
para se manter alegre, com luz,
cor, vida,
necessita de alimento, tal qual o meu ser.
Levanto-me,
Lanço mais lenha
na fogueira.
Novamente
o calor inunda o meu corpo
e a minha alma renasce.
Noémia Carvalhosa
"Ciclo Vicioso - a fogueira e eu "
(Ponte do Arco)
Senti-me só.
Acendi a lareira.
Fenómeno curioso,
como que por encanto
as labaredas bailavam, bailavam
e a minha angústia e esta dor no peito
foram juntar-se a elas.
Tempo depois...
Aparecem as cinzas.
O calor e a luz esvaem-se
e eu, fico triste outra vez.
A fogueira,
para se manter alegre, com luz,
cor, vida,
necessita de alimento, tal qual o meu ser.
Levanto-me,
Lanço mais lenha
na fogueira.
Novamente
o calor inunda o meu corpo
e a minha alma renasce.
Noémia Carvalhosa
"Ciclo Vicioso - a fogueira e eu "
(Ponte do Arco)
12 comentários:
Querida filha,
Como ficar indiferente ao convite (portão aberto de par em par) a partilhar espaço e emoções "história de um local amado".
Tudo está dito, e mais o que se lê nas entrelinhas...
Não resisto a juntar-lhe (perdoa o modesto apontamento) mais um pedaço de mim, vivido junto à lareira na nossa "Obra-Ponte do Arco", em tempos de solidão.
Um beijo, com muita ternura, da tua mãe.
1:37 PM
Como aquecem e envolvem estas palavras, sente-se o movimento de cada chama. Belíssimo.
Beijinho*
Todavía quedan recantos para la esperanza. Y es a la luz del hogar donde se reviven viejas, entrañables vivencias.
Un fortísimo abrazo.
Já vi que precisas de visitar a floresta, a ver se achas a tua bolinha de cristal...
Uma picada doce
As (duas) imagens emprestam os cheiros e as sombras intimistas que debruam as palavras e as acoitam em colos de afectos...
Lembram uma qualquer tarde leda de Outono! Perfeito!
Abraço.
podia dizer tanto com o silencio das minhas palavras, mas quero quebrar o silencio de tanto tempo admirando a tua escrita.
e prontes(rs) o penicheiro falou
beijos
quase apetece sair em silêncio, não vão as palavras de uma estranha estragar este partilhar de afectos e vivências.
um abraço para ambas
É isso que temos que ir fazendo: alimentar a fogueira. Para que a vida tenha sempre calor. **
Ao aconchego do fogo sobrepõe-se o calor desta intimidade feita de palavras-afectos.
Saio de mansinho. Deixo dois beijos.
Maria
Li, reli, fiquei sentada a ver a lareira.
Porque o fogo atrai-me quase tanto como o mar.
Quase senti o que sentiste...
Deixo-te um beijo
Ao ler este texto senti o calor dessa lareira...
Um texto tão lindo maria.
Passei
Aqueci-me um pouco à lareira (ainda está acesa!)
Li-te outra vez
Deixo-te um beijo
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