(Willows at Sunset - Vincent van Gogh)
Te bendigo, ó Sol, que a beijar aqueces
esta terra sedenta dos teus beijos.
Em cada amanhecer quando apareces
palpita nela a vida em mil desejos.
Desponta o Sol radioso, cintilante
em cristais d’orvalho, a manhã começa;
bela, a flor abriu, sorriu deslumbrante
à luz que se espalhou numa promessa.
Crescem os cardos em qualquer lugar:
no chão mais pobre, áspero e daninho;
ao calor do Sol vão desabrochar
humildes flores na poeira do caminho.
Da terra brota água fresca e pura;
mas a semente que um dia alguém semeia
o Sol lhe dá vida, dá-lhe altura,
e cada vida é chama que ele ateia.
Tens o poder criador, ó Sol bendito,
a louvar-te sempre em cada hora, insisto;
és fonte de vida, bem infinito,
é porque tu existes que eu existo.
E quando no horizonte o Sol desmaia
ao fim da tarde, luminosa e quente,
- como se coada em fina cambraia -
cai sobre a terra a luz doce do poente.
(Maria Teodora)
5 comentários:
Lindo, lindo, lindo!
O radioso astro a impulsionar a vida na terra, a mover a roda universal da vida e, no fim, a deixar ainda cair "a luz doce do poente". Lindo!
Tenho lá um desafio muito giro.
P.S. Então é assim: Como ainda não sinto categoria para comentar, vou deixando o mesmo recado em todos os senhores(as). Certo??
Até logo.
Andei na passeata. Gostei.
Uma noite descansada.
Belo poema com um cenário cheio de sol!
Abraço
Gostei. Gostei muito.
Uma ode ao astro rei.
Beijitos
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