Ilha das Pombas
No arquipélago que é a minha casa, existe um ilhéu que sempre foi conhecido por "ilha das pombas". Parece-me inadequado, uma vez que esse rochedo hoje em dia serve, isso sim, de local de repouso de muitas gaivotas, nos intervalos das suas intermináveis viagens entre a ilha da Berlenga e os campos verdejantes dos Casais do Baleal. Ao braço de mar que separa este ilhéu da ilha-mãe, chamam os habitantes da zona "corredor das moreias"... tanto basta para me transportar para outros tempos, outras realidades, outros imaginários... lendas de naufrágios e de tesouros até hoje guardados nas profundezas destas águas tão azuis, de mouras encantadas e princesas que, por estas bandas, por amor deram a vida. Aqui voltaremos, em breve. É uma promessa.
7 comentários:
Tem piada. Sempre ouvi chamarem-lhe a ilha das gaivotas....Um dos meus sonhos é ir até lá a nado, escalar a rocha e ficar lá para almoçar :)
Óptimo programa, mas de difícil concretização... a menos que o João seja alpinista, dos bons!
Uma alternativa (sem o mesmo encanto, hélas!) será pousar de helicóptero... e ficar lá para almoçar. ;)
Querida Maria:
apesar do carácter pacífico e luminoso, digamos, apolíneo, da imagem, veio-me à lembrança a narrativa «Os Homens Felizes», de Stevenson. Conheces?
Não sei se sabes, mas tenho alguma ligação a Peniche. A Família da minha Avó Materna era da Lourinhã, um Tio dela foi comandante do Porto de Peniche e todos Eles costumavam veranear no Baleal.
Beijinhos.
Bah! Aquela rocha é fácil de escalar. As placas estão numa diagonal facilitadora. O que me desencoraja é a àgua gelada. Brrr!
Francamente, João, o que o desencoraja parece-me a barreira mais fácil de vencer: nada que um facto isotérmico não resolva!!! :)
Amigo Paulo, nesta pequena aldeia, que é a nossa terra, existe uma intrincada teia de conexões familiares e afectivas aos lugares que amamos. É sempre agradável, e apesar disso uma surpresa, saber que alguém que nos importa está, de alguma forma, ligado a esses mesmos lugares.
Brindemos a isso. Um grande abraço por (mais) esta coincidência. :)
Querida Maria:
Brindemos, pois, assim como ergo a minha taça no voto de que tenhas um felicíssimo Natal.
Beijinho.
Enviar um comentário