domingo, fevereiro 12, 2006


Não me peças que flutue
se estou presa numa rocha.
Mergulha, solta-me deste lodo:
voltarei à superfície,
àvida de ar e de luz.
Depois, na imensidão azul,
sob as carícias do sol,
flutuaremos os dois.

10 comentários:

Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! disse...

Que lindo Maria...
A mim especialmente, que navego em aguas um pouco revoltas ainda... toucou-me...como se o meu mar de repente, acalmasse...
Soube-me bem, nadar um pouco neste mar sereno e azul.
Um abraço e feliz dia de namorados.

Maria Carvalhosa disse...

É, precisamente, a concretização desse desafio, teoricamente impraticável, que pode salvar!

Beijos meus para os Alfinetes.

Maria Carvalhosa disse...

Obrigada, Lena e Noite Estrelada.
Felicidades.
Beijos.

Anónimo disse...

O acto de respirar o/a outro/a depende apenas da capacidade do sonho.
Tu ousas.
Beijo

Anónimo disse...

Maria: este desafio irá decerto despertar algumas emoções, quiçá avivar paixões latentes ou adormecidas (todas são boas, não é?!). Se eu a conhecesse bem (e acredite que gostaria!), proporia um verso final diferente: "voaremos os dois, até onde possamos flutuar, eternamente!".

Anónimo disse...

Maria: o blogue "Conversasdexaxa4" é um blogue colectivo.Sou jornalista e mantenho um cujos comentários estão fechados. O outro onde te li a comentar foi apenas criado para poder comentar os blogues deste servidor.
Deixo-te o endereço do outro:
http://vbeiras.blogapraai.com
Se quiseres comentar-me poderás enviar para: letrasaoacaso@hotmail.com
Beijos e muito obrigado pelos comentários
Basta-te clicares neste link

João Villalobos disse...

Muito bonito Maria. Mas somos nós a ter de libertar-nos. Somos nós a rocha e o lodo. Assim como somos nós a imensidão da luz e a libertação :9

Maria Carvalhosa disse...

Sei disso, João. Mas também sei que, por vezes, a força anímica transmitida pela vontade demonstrada pelo outro pode ser o "empurrão", o factor decisivo para nos fazer voltar a querer... (amar, viver, whatever). :)
Beijo.

L. Rodrigues disse...

Não ligues ao João, Maria... A mania de que não precisamos dos outros é que deixou o mundo no estado em que está. ;)

um beijo.

Mónica disse...

Para flutuar, basta apenas libertar a alma...

Beijos
:)