Foi em 1995 (já lá vão 12 anos, é verdade) que aceitei o convite para estar presente na inaguração de uma exposição do "Grupo Artitude", em Sintra. Três artistas na flor da idade, com sensibilidades, vontades e um atelier em comum, tinham acatado o desafio da Câmara Municipal para, ao sabor da imaginação e da arte, recriarem Sintra... nas brumas da memória. Foi esse o tema da exposição e ali pude encontrar inúmeras pinturas maravilhosas, destes três homens que, desde logo, passaram a fazer parte dos pintores portugueses contemporâneos meus preferidos.
Nesse dia adquiri os três quadros cujas imagens aqui reproduzo (e tive que me apressar porque a procura era muita!). Apaixonei-me, à primeira vista, por estas três pinturas, cada uma de seu autor, por mera coincidência.
Depois, com o correr dos anos, fui seguindo as suas carreiras, que trilharam caminhos distintos, uma vez desfeito o grupo que os impulsionou, e apreciando a evolução de cada um, tendo levado para casa mais algumas pinturas de um deles, aquele com quem julgo ter maiores afinidades, o que melhor dialoga com a minha "corda sensível". Continuo a visitar as exposições individuais de cada um dos três autores, sempre que posso, mas há já algum tempo que não consigo trazer comigo a ilusão de mais um pedaço das suas almas, para me fazer companhia, o tempo todo, no meu canto: "indisponibilidades financeiras", nada de mais...
Resta-me, além disso, visitar os seus sites para ficar actualizada relativamente às obras que vão produzindo... e sonhar... que volto a poder trazer para casa a materialização de uma ou outra que gostaria de ter sempre ao alcance do olhar, da contemplação.
23 comentários:
Muito bonitos os três quadros, acho até um ou outro traço comum nos dois últimos, o traço do nariz, da boca...
Valha-nos a net para podermos viajar e ver coisas (tantas) que de outro modo seria quase impossível...
Obrigada pela partilha.
Beijinho, Maria
Como poderia eu conhecer estes quadros se não os partilhasses? "Este" é mesmo um lugar especial! O meu olhar caíu mais no do meio, mas há algo de comum a todos, esta combinação do "realismo" e da fantasia.
Obrigada pela partilha, Maria e um beijo.
Minhas Amigas,
Obrigada pelas vossas visitas e coment�rios. Partilhar � para mim, um prazer. Que bom saber que h� quem aprecie estas partilhas!
Especialmente para a Maria:
� natural que encontres algumas semelhan�as entre o 2� e o 3� quadro porque, embora imaginadas por pessoas diferentes, com a vis�o art�stica e a t�cnica que os distingue, trata-se de um hipot�tico retrato da mesma personagem lend�ria: a moura de "Seteais".
Beijos e votos de uma boa semana.
Achei as telas perfeitas! Adorei!
Que sua semana seja feliz!
Beijos
Obrigada por me deixares partilhar estas obras de arte que te enfeitam a casa e te animam a alma!
Abraço
Magníficos sentires.
Sintra sempre presente.
Beijinho*
espetacular... gosto da forma de escrever... gosto do blog :)
Suave o eco de Sintra que ressoa através dessas pinturas...
Passei por aqui e deixei beijinhos...
Hoje tinha pensado em ti. E vim agora do PPP, perguntar-te, perguntando-me:
- pelo lugar, pelo pensamento, porque não poderíamos viver mais perto, mais "conhecidas"?
Uma vaga hipotética sensorial ideia.
Gostei dos olhares mouros e poéticos! Beijinhos, Maria.
Sintra, um dos lugares do nosso contentamento.
Beijo.
Maria,
Estar aqui e poder partilhar esta música linda, é uma dádiva, amiga.
O post, uma homengem serena e sensível a amigos e uma sublimação da arte, fez o resto. Trouxe-me paz, neste final de tarde, quase noite.
Beijo, obrigada
Mel
Sou de poucas intimidades com as ditas artes plásticas mas não de todo insensível ao que há de eternamente belo na tangência do olhar.
Digo isto para me desculpar, já que tenho sido de poucas falas. Também andas muito silenciosa, mas sempre nos vamos dando uns encontrões lá no outro lugar.
O estar de poucas falas para o teu post é mesmo assim. Em contrapartida revisito-o com frequência para dar umas miradas. Com frequência ponho-me a rever o alcantilado rochoso onde se ergue um castelo mourisco empurrado para o céu por um turbante que parece uma cornucópia. A moura encantada deslumbra-me e emudece-me.
Beijos
querida maria,
mais uma fase em que quase não tenho tempo para a blogosfera... sempre que posso, vou visitando os blogues habituais, mas nem sempre deixo comentários, já sabes.
apreciei o soneto outonal de maria teodora...
quanto ao que aqui partilhas connosco: a magia de sintra e a força inspiradora das lendas. será que algum destes dois pintores (refiro-me a luis vieira-baptista e a vitor lages) suspirou, um dia, nos jardins de seteais, e ouviu o seu suspiro ecoar seis vezes? :)
um grande abraço
Passei pra lhe ver e deixei beijinhos e votos de uma semana feliz!
Passei aqui hoje, dia 27, para deixar dois beijinhos de parabéns. Tu sabes a quem, e porquê....
oh, minha amiga!... Parabéns também para ti, desta mãe e amiga "babada". Votos de que passes este dia (e todos os outros dias da tua vida) pleno(s) de felicidade.
Beijos, beijos.
Quando é que há posts novos?
Bonitos sentimentos estes, que aqui deixas.
Na minha ignorância no que toca à arte da pintura, baseando-me nos tons e na disposição dos pormenores, o quadro do meio é o que mais me fascina.
Passei pra lhe ver, desejar uma semana feliz e dizer que falei de você no post anterior.
Beijos
Olá! Passei pra lhe ver e deixei beijinhos...
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