Uma fina película de gelo
cobre o manto de água que teima em correr
pela montanha,
seguindo o seu curso.
Folhas caídas no riacho...
prisioneiras do gelo
até que o sol as liberte.
Aconchego a gola do casaco ao peito.
Puxo o capuz para evitar que o sopro de ar frio me arrefeça o rosto.
Sento-me numa pedra
e entro em contemplação.
Penso em ti.
Na tua presença mágica:
o plácido lago azul dos teus olhos;
a música doce e quente da tua voz;
o calor do teu abraço forte;
o fogo de um beijo teu.
Por um instante,
já mais não sou que uma folha
à espera da tua chegada,
secretamente inquieta,
alvoroçada,
ansiosapara voltar a ser livre.
já mais não sou que uma folha
à espera da tua chegada,
secretamente inquieta,
alvoroçada,
ansiosapara voltar a ser livre.
2 comentários:
Nesse preci(o)so instante
O tempo parou
O ar frio sublimou
em chuva de prata
No horizonte nasceu o arco-iris
E dele desceu
Lentamente
uma cortina de pétalas
de margaridas brancas
E uma brisa cálida do sul
envolveu ternamente
a folha inquieta
finalmente livre
para voar à descoberta do sol
do novo tempo.
Maria: claro que este blog, tão bonito, só pode dar ... um novo guião! Aceitas?!
Enviar um comentário